Eleição na Câmara dos Deputados: a vitória dos traidores


A eleição de Eduardo Cunha (PMDB) para a presidência da Câmara Federal, um político que responde a diversos processos no STF, mostra a verdadeira face da maioria dos deputados federais.

A eleição de Eduardo Cunha se deve ao voto dos traidores, deputados que fazem parte da base de apoio ao governo federal, e que traíram a orientação partidária.
No Supremo Tribunal Federal (STF), pelo menos vinte e dois processos têm como parte o deputado federal Eduardo Cosentino da Cunha, líder do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) na Câmara dos Deputados. Alguns como autor; outros como réu.
Entre eles, três inquéritos 2123, 2984 e 3056. Todos para apurar possíveis crimes cometidos por Cunha na época em que ele era Presidente da Companhia de Habitação de Estado do Rio de Janeiro (CEHAB-RJ) entre 1999 e 2000.
O primeiro e o terceiro procedimentos instaurados (2123 e 3056), em 2004 e 2010, buscam apurar crime contra a ordem tributária (sonegação de impostos). O segundo (2984), aberto em 2010, verifica o cometimento de crime contra a fé pública por falsificação de documentos. Os documentos em questão seriam pareceres do Ministério Público que levaram ao arquivamento, no Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, do processo 106.777-0/00, para apurar fraudes em contratos celebrados pela Cehab-RJ, entre 1999 e 2000.
Dados do inquérito 2123 mostram a incompatibilidade entre as informações bancárias de Cunha (obtidas por quebra de sigilo pela Receita Federal) e a movimentação financeira e de rendimentos declarados por ele entre 1999 e 2000.
Com este perfil, é normal que Eduardo Cunha represente a maioria dos nossos deputados federais: eles têm muito em comum.
A partir de agora os golpistas de plantão sairão em campo para tentar tumultuar o governo federal, seja chantageando nas votações, seja defendendo propostas e projetos obtusos ou provocativos que redundem no desgaste da presidenta.

Carla Regina